Pois é… só temos 15 anos e já sofremos como se tivéssemos 30! Exagero não é? Bem, mas nesta fase da vida, todos somos exagerados… dramáticos, por assim dizendo. É tudo muito tudo, mas se pararmos para reflectir e ver a situação… é tudo muito… nada. Resmungamos e amuamos por nada, coisas incrivelmente aborrecidas.
A minha vida não é muito diferente das dos adolescentes normais… Sinto que as peças do meu puzzle não se encaixam… têm as formas necessárias para podermos juntá-las mas, simplesmente, não encaixam! Dramático? Esperem até ao final.
Quando era um pouco mais nova, os meus pais sempre falavam desta “difícil” fase, mas eu sempre me convenci a mim mesma que iria superar todas as expectativas e ser diferente. Acontece… que houve um pequeno pormenor… é que na adolescência, as coisas não se controlam, simplesmente, acontecem.
Sentimos, por vezes, aquelas sensações estranhas e perguntamo-nos o que, realmente, estamos a fazer aqui… se vamos ser mais umas quantas pessoas comuns no mundo… No entanto, fazemos sempre a diferença… às vezes, precisamos de nos lembrar o quanto somos importantes e que a nossa existência põe, no mínimo, três pessoas com um sorriso…
Agora estou menos dramática… voltemos à trágica fase incompreensível.
E somos nós, com todas essas características típicas problemáticas… eu acho.
Estamos naquela fase em que parece que tudo corre mal… desilusões amorosas e corações partidos, quais são as nossas frases de consolação para um futuro melhor?: “Ohh, ainda vais passar por muito pior!”… Obrigada pela consolação! (a sério… ajuda imenso!)
Já pensei em escrever um livro… adivinhem lá porquê… com toda esta comovente e teatral mente, com certeza, escrevia uma novela… váa, talvez um teatro com uma grande tragédia… E por acaso, já tentei, mas todos eles acabam da mesma forma: IMENSOS E COMPLETOS FRACASSOS.
Se repararem, muitos dos textos que foram lidos (nas aulas de filosofia), referem comoventes histórias de amor, umas com finais felizes e outras… nem por isso. E pensar que só temos 15… aiii, pronto… alguns têm 16, uau! Não, nem venham com a história de que não tenho coração e essa coisa toda… tenho sim… é aquela coisa que bate do lado esquerdo, não é?... Devo ter. Posso vos contar que, felizmente ou infelizmente, ainda não amei ninguém de verdade… não até agora… ainda não senti o meu coração bater a milhas, totalmente descompassado, ou aquela coisa esquisita na barriga, como borboletas inquietas ou aquela sensação de já não ter os pés no chão… no entanto, como é que eu sei que deveria sentir isto? Apesar de ainda não ter encontrado O tal, sempre fui uma romântica desde pequena, lia todas estas coisas em livros e histórias… mas começo a questionar se isto são apenas belas descrições para deixar o livro mais apaixonadamente emocionante… quer dizer, se uma pessoa realmente sente o coração acelerado, uma sensação de cócegas na barriga ou já não sentir os pés no chão… das duas, uma… ou, realmente, viu um Deus todo bom e está prestes a desmaiar… ou então, encontrou aquele que nos vai infernizar até ao final… no entanto, essa descrição… de nada serve… porque se ele, efectivamente, for O tal, então nós não vamos nos lembrar de nada, unicamente, que algo mudou… mas nem nós mesmos sabemos o quê…
Olhando para o que rabisquei, posso ser sincera… NÃO PERCEBO METADE DO QUE ESCREVI… CUM CANECO…
Que mentes confusas as nossas, falo mais pela minha… Parando de ser sentimentalista… váa, vou ser mais superficial… não tanto!
Apesar de todas estas características, pessoas, aparentemente, avariadas e muito sentimentais, somos, extremamente, felizes e bêbados, por assim dizendo… quer dizer, se olharem, pelo menos para mim, e para a coisa que costuma estar ao meu lado, acreditem: se não se rirem é porque, finalmente, tomamos jeito na vida e ganhamos juízo… se bem que esse dia ainda está muito longe de chegar… a desgraçada que se senta ao meu lado… coitada, fala do Max o tempo inteiro… mas, afinal quem é o Max?… Ahh, sim… é o cão! Enfim… e depois tem aquelas coisas… que eu cá para mim… é defeito de fabrico… ou então caiu quando era pequena… (esta vai ser a única vez em que vos vou deixar na dúvida), já que o resto que escrevi é apenas… duvidoso…
Esquisito? Confuso? Pois, a minha mente está assim…
Mas, vocês vão ver… para o ano, quando tivermos 16, váa (para vocês: 17)… vamos, finalmente, CONTINUAR A SER OS MESMOS IDIOTAS, PARVALHÕES, A CAIR NAS MESMAS ARMADILHAS E CONTINUAMOS A SER DRAMÁTICOS, COMO SE O MUNDO FOSSE ACABAR… É QUE NEM APRENDENDO COM OS PRÓPRIOS ERROS…
E agora perguntam-se quem escreveu… (pela descrição do desastre natural, que está sentado ao meu lado nas aulas, ou pela forma como me refiro às idades, já dá para perceber), mas não é bem a questão de me identificar… afinal eu sou mais uma no meio de muitas… a questão é: “Porque escrevi isto…” posso apenas adiantar-vos que… deu-me! Costuma acontecer, principalmente entre as 4 e 5 da manhã… mas, não se preocupem… porquê? Porque 9,5% do que escrevo é mentira, só os outros 90% é que é inventado… para variar… e aqueles 0,5% que restam da estimativa… não, não é verdade… é apenas uma pequena percentagem do que é parcialmente, duvidosamente verdadeiro.
By Mary
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Nota: Ultimamente, não temos postado no separador: "Welcome To Our Story", isto deve-se à continuação de um projecto que havíamos deixado pendente, a fic "O Que Mais Temia". Temos insistido muito nesta fic, pois não tínhamos ainda arranjado tempo para a desenvolver... nada que umas férias não resolvam. Temos feito de tudo para postar diariamente, e em breve voltaremos a postar mais textos no "Welcome To Our Story"... é só o tempo até conciliarmos a fic com os nossos textos.
Esperemos que continuem a seguir o site e recomendamos a nossa fic.
Mira & Mary