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Devaneios...
Devaneios...

Engraçado… mais alguns…

Hoje, ouvi algures que quando redigimos algo, escrevemos num momento de insanidade, quase sem lucidez… não que estejamos bêbados ou algo do género, mas num momento em que a realidade parece não fazer tanto sentido quanto deveria. Então, eu daí posso concluir, que passo grande parte das minhas 24 horas diárias em puros devaneios, para fugir de uma realidade que às vezes magoa.

Não que eu seja maluca, bem… talvez um pouco, mas isso é de uma forma subtil, apenas pelo bom humor, gargalhadas e piadas.

Normalmente, tenho uma grande tendência que é quase como um vício: imaginando-me na minha utopia, num lugar que eu criei na minha mente, para mim, apenas comigo e com o meu mar. Eu poderia descreve-lo como o lugar mais incrível do mundo, se fosse real. Sempre que me refugio, encontro-me sentada na fina areia branca, com um grande mar na minha frente, até a um fim ilimitado de horizonte, não muito fundo, o suficiente para ainda puder olhar o céu escuro da noite acima de mim com as estrelas e a preciosa e sempre lua cheia que proporciona a pouca iluminação natural. A água calma, morna, traz poucas ondas pequenas que quebram de imediato quando se encontram em contacto com a superfície do areal. E é assim que eu me perco naquilo que é a minha utopia, onde apenas existo eu e o meu mundo imaginário, feito à minha medida. Apesar de não puder tocar, nem de sentir o que mais queria no meu mundo fascinante, imagino como seria a sensação, e tal é a perfeição que dá vontade de ficar presa neste mundo para sempre.

E é aí que eu acordo, porque algum idiota arrastou-me de lá, apenas para me perguntar que horas são, ou se eu fiz o trabalho de casa, ou simplesmente por pura maldade para me tirar de um universo que ele nem sabe que existe.

Eu olho ao meu redor, e encontro-me com o mundo onde eu vivo realmente, onde eu sinto realmente. Nada é tão bom quanto nos meus devaneios, mas esta é a realidade, fria e neutra. Olho para todos, falando de coisas banais, tão superficiais como as mentes deles e eu penso como eu daria tudo para ficar apenas eu e a minha utopia por um tempo indeterminado.

Às vezes, é como se eu saísse para fora de mim, vendo as coisas, até mesmo o que eu faço, de um outro ponto de vista, e não pudesse me manifestar. Quero reagir, mas não pretendo fazê-lo. E aí recomeça o meu ciclo, voltando a viajar para o meu sítio, porque sempre que me perco, é lá que eu me encontro, e é de lá que alguém me tira, e começa tudo de novo.

Mas, eu dou por mim a pensar se seria mesmo isto que eu queria, porque como eu disse, só existo… eu e o meu mar. Não teria mais ninguém ao meu lado? Aquele que nos vai deixar malucas, a suspirar até um dia indeterminado… Eu espero, e é a única coisa que mais faço neste mundo, espero por algo que nem sei se virá, e mesmo que venha, não sei se é o certo. Bem que antes de eu nascer, ele disse-me: “Podes esperar sentada, ou deitada… pelo menos 15 anos vou demorar.” E eu continuo à espera, na minha utopia, e no meu mundo real, e então eu percebi. No dia em que “o tal” aparecer à minha frente, neste mundo tão distante e imparcial, ele surgirá na minha utopia. Talvez assim, um dia, o mundo deixe de me parecer tão indiferente e débil, e a minha utopia seja, desta para sempre, perfeita.

 

 

Por Mary


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Nota: Ultimamente, não temos postado no separador: "Welcome To Our Story", isto deve-se à continuação de um projecto que havíamos deixado pendente, a fic "O Que Mais Temia". Temos insistido muito nesta fic, pois não tínhamos ainda arranjado tempo para a desenvolver... nada que umas férias não resolvam. Temos feito de tudo para postar diariamente, e em breve voltaremos a postar mais textos no "Welcome To Our Story"... é só o tempo até conciliarmos a fic com os nossos textos.

Esperemos que continuem a seguir o site e recomendamos a nossa fic.

Mira & Mary




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