Para ti, Mariana, este deve ser um dos textos mais complicados a que eu tive o “dever” de me expressar. Podes até perguntar porquê, aliás… muitos podem perguntar porquê e a resposta é simplesmente fácil. Quando alguém descreve a Mariana Lopes da Costa, descreve com gargalhadas, com piadas e risos… um texto com graça… mas, se reparares… os textos que tenho vindo a fazer não são concluídos com a intenção de ter piada, mas sim para descrever aquela parte mais compassiva e afectiva que nós temos.

E é assim que te conhecemos, Mariana… a rir-te, a grizar-te, ou simplesmente a sorrir. Não há um único dia que não te encontremos neste estado… a não ser, é claro, que algo aconteça, mas mesmo assim, é uma questão de segundos até voltares ao teu estado natural de boa disposição. Eu poderia apontar isso, como uma das principais razões pelas quais te considero uma grande amiga… mas há muitas mais considerações que te envolvem, do que, simplesmente, o facto de como levas a vida nessa pacificidade e inclinação para ver sempre o lado bom das coisas.

Naqueles momentos em que queremos um pouquinho de paz para nós… em que queremos fugir e desaparecer deste mundo, ou simplesmente, mandar toda a gente calar a boca por um segundo, sempre podemos encontrar-te, não somente do nossa lado a dar força, mas a dizer que independentemente do que aconteça estás aqui e estás connosco. Quando começo a pensar que sou eu quem está no ritmo errado do do resto das pessoas, és tu quem me relembras: “Sê quem tu és e não ligues ao que os outros dizem ou pensam”.

Há algo que chama atenção em ti… para além da tua forma de ser e dessa felicidade que tu espalhas por todos, aquela paixão pela dança que eu jamais vi em alguém, que se dedica 100%... e mesmo errando, és persistente… até acertares, pode nem ser hoje, ou amanhã, ou este ano, mas tu continuas a dedicar-te, tanto quanto fosse a primeira vez que estarias a tentar… eu jamais teria paciência para isso… talvez essa seja uma das muitas razões pelas quais eu te considero.

Estas são algumas das razões pelas quais eu adoro-te… por seres quem és, por teres essa maneira original de o seres, por sempre amparares quando estamos sem passo e sem vontade de prosseguir. Enlevo e prezo-te demais, não só por isto, mas por muitas mais coisas de ti que eu jamais seria capaz de descrever.

Essa tua maneira de viver, a forma como interages com todos, as tuas paixões, mas principalmente por seres tu é o que fazem a grande Mariana Lopes da Costa… alguém de quem eu me recordarei sempre, sempre que dançar, ou sempre que me rir como uma perdida, ou até mesmo quando me perder… assim será uma maneira de te encontrar.

Há uma coisa a que eu tenho medo em relação a ti, o dia em que te perder ou, se, de repente, tu fosses embora… seria algo que, com certeza, não iria suportar… não sentir chão, desamparada e desesperada… algo que podia-se equivaler a um eclipse sem fim previsto…. No entanto, preocupar-me-ia mais… pensar no dia em que, por um acaso, eu visse esse teu sorriso desaparecer, ou essa alegria ir embora, ou encontrar esse teu azul sem vida e vazio e algo que seja parecido a um rastro de lágrima a passar por aí… nessa data, que até hoje não aconteceu de todo, será a minha vez de repor novamente a tua “ventura”, que algum desgraçado te tirou um dia.

Porque mesmo que até duvides, ou que algum dia, por mais bêbada e esquecida que eu esteja… eu sempre te admirarei.

Sometimes you think you'll be fine by yourself

'Cause a dream is a wish that you make all alone

It's easy to feel like you don't need help

But it's harder to walk on your own

 

Às vezes achas que vais ficar bem sozinha

Porque o sonho é um desejo que fazes sozinha

É fácil sentir como se não precisasses de ajuda

Mas é mais difícil de andar por conta própria

 

 

 

Por Mary